MADRI (Reuters) - O Supremo Tribunal da Espanha comunicou nesta segunda-feira que vai determinar a volta à França de um homem suspeito de ter fornecido as armas usadas por um militante islâmico em um ataque a um supermercado judaico de Paris em 2015.
O francês Antoine Denive, de 27 anos, foi preso juntamente com dois homens da Sérvia e de Montenegro no dia 12 de abril perto de Málaga, no litoral sul da Espanha, e acusado de tráfico de armas.
Denive será encaminhado a um tribunal criminal da cidade de Lille dentro de 10 dias, quando será acusado de pertencer a uma organização criminosa e de tráfico ilegal de armas, munições e explosivos, disse a corte no veredicto.
O militante islâmico Amedy Coulibaly matou uma policial em um subúrbio parisiense em 8 de janeiro de 2015 e atacou um supermercado judaico no dia seguinte, matando quatro pessoas. Ele foi morto a tiros pela polícia no local.
O ataque ao HyperCacher ocorreu dois dias depois de atiradores matarem 12 pessoas na redação do semanário satírico francês Charlie Hebdo.
Denive foi acusado de ter fugido da França várias semanas depois de Coulibaly atacar o supermercado. Ele se restabeleceu em Málaga e continuou a traficar armas usando documentos falsos e um passaporte europeu com o nome de outra pessoa.
Embora não se tenham fornecido detalhes sobre as armas que Denive supostamente forneceu a Coulibaly, o atirador portava dois rifles de assalto AK-47, duas pistolas semi-automáticas, 20 bananas de dinamite industrial e uma faca de combate quando morreu.
(Por Paul Day)